Wednesday, October 31, 2007


A NOSSA MÚSICA


Agora, que o silêncio é um mar sem ondas,

Deixei-me embalar pela sonata

E já perdida no espaço,

Acabei sentada ao piano naquela praia deserta.

Toquei, toquei sem cessar...

"MOONLIGHT" de Beethoven

Lembras-te?...

Em cada acorde senti a melodia da tua voz

Em cada nota, o significado das tuas últimas palavras

Em cada compasso, o vazio do teu olhar

No rebentar das ondas,

As lágrimas que teimam não se soltarem.

A partitura foi levada pela brisa...

Estava escuro, perdi-a de vista...

Mas os meus dedos não paravam...

A música estava em mim

Porque o concerto era para ti.

E toquei incessantemente...

Não ousei olhar para trás...

Não fosse perder uma única nota,

Aquela que iria interromper o meu sonho...

A nossa música...

Havia uma esperança...

Uma sombra que pudesse surgir a cada momento...

A tua sombra...

E os acordes repetiam-se

E a sonata não tinha fim...

Na quietude da noite

Senti a nostalgia que a partitura me deixou

Quando o vento a levou.

Desfez-se no silêncio das ondas revoltas,

Mas a cópia ficou em mim

Porque a nossa música jamais terá fim...

A noite ia longa quando fechei o piano

Não estava cansada...

Mas receava acordar

Sem que ouvisses o que para ti tocava.

Sunday, September 23, 2007


Ser feliz...
É remar contra a maré
Em busca dum ideal
É ter a força dos ventos
É acreditar e fazer acreditar que vale a pena amar
É confiar em ti como em mim
É olhar para ti como se te conhecesse desde que nasci
É olhar para ti como para as águas mais cristalinas
Ser feliz...
É procurar-te nas estrelas
Onde a candura e o carinho que inventamos
São a nossa realidade
Ser feliz...
É gostar de ti com toda a pureza
É sentir que estás aí…
É ouvir aquele conselho tão reconfortante
É andar motivada pela força das tuas palavras
Que irradiam paz de espírito, confiança e alegria
É sentir a verdade de uma amizade
Que não conhece qualquer mentira, intriga ou maldade
É caminhar pela vida de mão dada
E sentir-te sempre a meu lado
Ser feliz...
É olhar-te nos olhos
Enquanto me dizes:
A NOSSA AMIZADE É A MAIS BELA FORMA DE AMAR

Monday, July 30, 2007


QUANTAS VEZES...

"Quantas vezes nós pensamos em desistir,
deixar de lado, o ideal e os sonhos;
Quantas vezes batemos em retirada,
com o coração amargurado pela injustiça;
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade,
sem ter com quem dividir;
Quantas vezes sentimos solidão,
mesmo cercado de pessoas;
Quantas vezes falamos,
sem ser notados;
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida;
Quantas vezes voltamos para casa,
com a sensação de derrota;
Quantas vezes aquela lágrima, teima em cair,
justamente em que parecemos ser fortes;
Quantas vezes pedimos a Deus,
um pouco de força, um pouco de luz;
E a resposta vem, seja lá como for;
Um sorriso,
Um olhar cúmplice,
Um cartãozinho,
Um bilhete,
Um gesto de amor,
E a gente insiste;
Insiste em prosseguir, em acreditar,
Em transformar, em dividir,
Em estar, em ser;
E Deus insiste em nos abençoar,
Em nos mostrar o caminho;
Aquele mais difícil,
Mais complicado,
Mais bonito.
E a gente insiste em seguir,
Porque tem uma missão...
SER FELIZ"

Quantas vezes quero acreditar, que o mundo vai mudar...

Friday, July 20, 2007


Esse mar que monopolizas é guardião dos meus segredos…
Simbiose de sonhos e utopias,
Esperanças e fantasias,
Lençol de lágrimas estendido na adolescência.
Dá-me um pedaço desse mar para desenhar o lago
Onde as minhas lágrimas irão desaguar.
Vou embalar no labirinto das estrelas
Para adormecer nos braços da lua
Essa lua toda nua
Que me ensinou a sonhar
Já partilhamos um momento
Num tempo sem tempo
Numa noite de luar
O Branco da lua
O Branco das estrelas
O Branco da espuma onde me banho
O branco do Branco…
O cenário perfeito
Para continuar a sonhar

Wednesday, July 04, 2007



O mar é meu amigo, como sabes.
Um amigo querido que me faz companhia onde quer que eu esteja,
mesmo quando não o posso ouvir.
Sou como os cavalos.
Quando fujo para a praia, corro pela a areia até à exaustão,
os cabelos desgrenhados dançando com as ondas do vento,
embrelhados num enxame de nós.
Mas não importa.
Saborear o vento a afagar-me o rosto,
a soprar nos meus ouvidos,
a comandar a dança das ondas,
o rodopio da areia.
Ah! Como é bom senti-lo!
Agora o vento parou.
Abalou e foi de férias e a canícula instalou-se para felicidade de muitos.
Não é o meu caso, porque sofro por antecipação os dias em que o suor corre pelo corpo,
ensopa-me o pensamento e me deixa à deriva.
Recolho à solidão do meu quarto a ouvir a música que ninguém parece ouvir.
E eu posso novamente usufruir dos segredos que o mar depositou no meu colo.
A vós Paula's que eu tanto admiro e por quem sinto um enorme carinho
O meu OBRIGADA
Não vou repetir aqui o que vos tenho dito em particular, mas quero vincular que neste espaço se fazem grandes amizades, e vocês são muito especiais.
Não vou cortar a corrente, apenas alterá-la - DESCULPEM-ME
Porque já fui demasiado injusta devido à restrição de nomeações que era obrigada a fazer, hoje não nomeio 7 (sete)... mas sim todos aqueles que visito, sem excepção. Se o faço, é porque encontro talentos e valores distintos.

Wednesday, June 13, 2007


Transponho para este, os comentários que deixei no anterior.
Obrigada João Oliveira por este “mimo”… Surpreendeu-me porque não me sinto merecedora.
Obrigada Álvaro Gonçalves. O carinho que sinto por ti não conhece limites.
No silêncio das palavras e com alguma injustiça, nomeio:

http://conversocomigoanexo.blogspot.com/
http://olhoscordolago.blogspot.com/
http://apraiadodestino.blogspot.com/
http://jose-falsopoeta.blogspot.com/
http://papoilasonhadora.blogspot.com/
http://nosilenciodoteuolhar.blogspot.com/
http://docura.blogspot.com/
http://alquimiadossonhos.blogspot.com/
http://filhosdeumdeusmenor.blogspot.com/
http://little-daydream.blogspot.com/

Convosco já partilhei alegrias
Convosco já partilhei tristezas
Convosco partilho sorrisos
Por vós sinto um carinho especial
Convosco aprendi a gerir emoções
Convosco aprendi que a amizade tem caras diferentes
Convosco aprendi a dividir a ternura que me corre nas veias
Impossível esquecer tanta coisa linda que convosco estou a aprender…
OBRIGADA
A ti Paula (MONÓLOGOS), um agradecimento especial pela MULHER que és, pela AMIGA que sabes ser...
E os nomeados são:

Monday, May 28, 2007


QUANDO…
Precisei de carinho,
deste-me amor
Precisei de tempo,
deste-me saudade
Precisei de espaço,
deste-me silêncio
Precisei de conselhos,
deste-me palavras
Precisei de calor,
deste-me a mão
Na minha insegurança,
ensinaste-me a acreditar
Na minha fraqueza,
encontrei a tua força
Na dúvida
a tua certeza
No escuro
O brilho dos teus olhos

Friday, May 04, 2007




MÃE, ALTAR DA MINHA VIDA!

Esta homenagem não tem fundamento porque todos os dias são teus.

Os meus olhos têm o teu brilho

Os meus passos, a tua elegância

A minha vida, a tua sombra bendita

O mel das tuas palavras, adoça-me o coração

O amor que me deste, ensinou-me a amar

A fé que me transmitiste, ensinou-me a acreditar

O veludo das tuas mãos, ensinou-me a acariciar

Tinha frio... abrias as asas

Tinha sede... davas-me beijos

Tinha medo... seguravas-me a mão


OBRIGADA

AMO-TE MÃE



P. S. Sem falsa modéstia, considero que não merecia outra nomeação. Não vou aqui repetir agradecimentos porque já o fiz particularmente á autora, mas publicamente tenho uma revelação a fazer: Tudo quanto escrevo é sentido e feito com muito amor. O que transcrevo de outros autores (devidamente assinalados), toca-me tão profundamente que sinto necessidade de o fazer.
Não vou cortar a corrente... mas vou abrir uma excepção...
Nomearei todos quantos aqui navegam porque merecem o meu respeito e carinho.

Thursday, April 26, 2007


Espera…
Não partas já…Ouve o que ainda tenho para te dizer… Remexendo as cinzas do passado, encontrei um cristal que ainda reluz… As cartas… os postais… o postal… o último postal… A lembrança de um tempo que não tem fim… A recordação intemporal da mais bela história… a nossa história… A voz… o timbre da tua voz que calava a poluição sonora. O sorriso… o teu sorriso que dava mais cor às pedras do Arquinho. As brincadeiras… o espelho da nossa infantilidade… A porta da tia velhinha… O smoking… A timidez disfarçada pelo riso estridente que fazia eco nas muralhas… O aviso da partida… duma partida sem regresso. As lágrimas entrecortadas por promessas… Os beijos… os cálidos beijos, cátedra do nosso amor. Mais tarde a aparição na tua praia, onde todos se atropelavam mas só nós existíamos… Olhares suspensos… palavras mudas… inquietude traduzida em silêncio… Corri para o mar na esperança de afogar uma visão que me cegou. Infrutíferas braçadas… A âncora partiu-se… Resta-me a estrela, a nossa estrela que irá perpetuar um sonho que foi nosso.

Monday, April 23, 2007



“Há certas horas em que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado, ou mesmo o estar ali, quietinho ao lado, sem nada dizer”

Foi neste silêncio… no silêncio da vossa escrita que aprendi a gostar de vós. Foi dessa semente que germinou um grande amor que se chama AMIZADE. Foi com a vossa determinação que conheci o verdadeiro sentido da coragem. Foi na vossa “casa”, que tantas vezes me senti na minha “casa”.

Seria desonesto não nomear os que eventualmente já foram nomeados, porque são os que visito mais assiduamente. Mas vou ser injusta, sei que vou sê-lo… porque há tantos outros que o merecem e não posso englobá-los num tão pequeno circulo. Também há uma corrente de amizade virtual que me impele a tal injustiça, mas sou humana e vou cometer mais um erro. Obrigatoriamente só posso nomear cinco, mas de coração vou nomear todos…

Não vou fazer quaisquer descriminações. Vou nomear pela beleza da escrita, sentimento, humanidade, criatividade, coragem, determinação, sentido de humor. E por tudo… tudo quanto me têm transmitido.

A estes e aos que não pude nomear o meu

OBRIGADA

E os nomeados são:

http://alquimiadossonhos.blogspot.com/

http://horizonte-o-limite.blogspot.com/

http://olhoscordolago.blogspot.com/

http://silenciodatuaausencia.blogspot.com/

http://conversocomigo.blogspot.com/

Thursday, April 12, 2007


O ATÉ SEMPRE

Acho que nunca te perguntei o que era o tempo. No meio de tantas perguntas que ficaram por fazer, perturba-me essa...O tempo é agora? É ontem? Já foi ou há-de vir?

Os livros... Os teus livros! Aprendi a ler baixinho, e a desvendar nas entrelinhas o que cada palavra quer dizer.

Os alunos... Os teus alunos! Aqueles que sempre encontravas e reencontravas e que te diziam que sim, que tinha valido a pena!

Os amigos... Os teus amigos! Todos os que passam e ficam e marcam e são marcados e riem e choram contigo. Os teus amigos... tantos!

A família. Só... Porque todas as palavras do mundo ficariam aquém de tudo o que foi vivido.

Doeu. Dói. Em nós.

Tudo o resto ficou para ti porque importantes eram os outros e o teu silêncio guardou o que não querias ninguém soubesse. Talvez lhe chame força... ou coragem... ou forma de vida... ou vida!

Há lutas desiguais. A que travaste foi disso exemplo. Chamo-lhe luta, sim! E exemplo, logo depois. Uma luta olhada de frente, com um sorriso nos lábios e a total disponibilidade para receber o que foi vindo. “Eu aceito tudo”, dizias. E aceitaste.... até ao fim. A desigualdade fez-te vencida.

O teu tempo agora é outro... é eterno e isso vale mais que o mundo. Olho para trás...Ficam as palavras... o carinho... a atenção... a coragem... os exemplos... o exemplo... a voz... os sorrisos... a força... as brincadeiras... as conversas... a vida...a luta...

Porque nos provaste que a vida vale mesmo a pena...

Porque soubeste acreditar e nos ajudaste a acreditar também...

Porque quando tudo estava a falhar tu conseguias olhar em frente...

Porque nos mostraste que desistir é palavra que não existe...

Porque todos os teus dias foram escritos com as cores do arco-íris e com a palavra Amor...

Vencida? Não... Lutadora! Lutadora até ao último segundo...

No final, ficam as coisas boas…as recordações… a luta! Que este seja mais um exemplo para todos os que continuam a acreditar. Desistir é palavra que não existe…

Obrigada!
(A.F.)



No final Ana, ficaram as recordações… as palavras que não foram ditas… os sonhos de esperança… a chave do meu Diário… as palavras que guardo do teu… um tesouro de infância que não se apaga da memória… confidências de muralha… o teu sorriso (nunca te vi triste)… a tua força … o teu companheirismo… a tua amizade…a tua amizade… a tua amizade…

Também fica a saudade de um tempo que foi nosso… da partilha da bica e do pastel de nata… das conversas em inglês para que alguém não entendesse… das viagens de estudo… das tardes no salão de chá… duma fuga ao Moledo…

Mas o que dói mesmo, Ana, foi a nossa última conversa… lutavas contra o tempo… tentaram vendar-me os olhos e tu, MULHER CORAGEM, foste buscar forças onde já não existiam para me soletrares baixinho: “Não desisto, vou vencer”.

Obrigada pelo teu exemplo.

Até sempre ANA

Thursday, March 01, 2007



DESCULPA…
NÃO CHEGUEI A TEMPO


Geme o restolho, triste e solitário
A embalar a noite escura e fria
E a perder-se no olhar da ventania
Que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
Esquecido, enlouquecido, dominado
Escondido entre as sombras do montado
Sem forças e sem cor e sem vontade

Geme o restolho, a transpirar de chuva
Nos campos que a ceifeira mutilou
Dormindo em velhos sonhos que sonhou
Na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
Há que penar para aprender a viver

E a vida não é existir sem mais nada
A vida não é dia sim, dia não
É feita em cada entrega alucinada
P’ra receber daquilo que aumenta o coração

(Mafalda Veiga)

Geme o restolho triste e solitário, preso de saudade, enlouquecido, sem forças e sem vontade… e junto ao teu velho campanário, canto a melodia que o mudo jamais cantou.
Incrédula e adormecida nos sonhos que não sonhei, espero receber a mensagem prometida do que disseste eu já saber… mas nada sei…
O Pedro já sorriu, sabes? A Ana petrificou… mas vai “acordar”. O Zé… o Zé jamais deixará de te amar.
Deixo-te o beijo que não te dei

Tuesday, February 13, 2007



Antes de ti
Tudo era diferente
Sorria, corria
Saltava contente
Mas com uma ferida
Que cedo nasceu
Tentava esquecer
O que era difícil
Lutava sozinha
Dos mais apartada
Porque a dor era minha
Comigo viveu
De noite chorava
Porque ninguém via
E as lágrimas aqueciam
Na noite fria
A dor que o destino
Não quis sarar
Hoje açoitada
Pelas agruras da vida
Curvo-me ao desespero
Caindo vencida
É noite…
Nem uma estrela
Brilha no céu
Nem um ruído
No distante horizonte
Também na minh’alma
Gélida e sombria
Caiu essa noite
Tenebrosa e fria

Monday, January 29, 2007



"SÚPLICA"

"Agora que o silêncio é um mar sem ondas
E que nele posso navegar sem rumo
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada!"


(Miguel Torga)

É nesse mar sem ondas... é nessa praia deserta ao entardecer, que encontro no silêncio o amigo que nunca me trai; o que ouve e não dá respostas; o que aconselha sem falar; o que abraça sem braços.
As ondas vão e vêm com a mesma segurança, numa coreografia assimétrica, desfazendo as pegadas que deixei na areia.
Já não correm lágrimas... ou correriam?... ou continuo a confundi-las com os salpicos da água salgada?
Mas o tempo passou
E em mim nada mudou...

Saturday, January 20, 2007



"ETERNO, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo,
mas com tanta intensidade, que se petrifica,
e nenhuma força jamais o resgata.

FÁCIL, é ouvir a música que toca.
DIFÍCIL é ouvir a sua consciência.
Acenando o tempo todo,
mostrando as nossas escolhas erradas.

FÁCIL, é ditar regras.
DIFÍCIL é segui-las.
Ter a noção exacta das nossas próprias vidas,
ao invés de ter noção da vida dos outros.

FÁCIL, é perguntar o que deseja saber...
DIFÍCIL é estar preparado para escutar esta resposta.
Ou querer entender a resposta.

FÁCIL, é chorar ou sorrir quando der vontade.
DIFÍCIL é sorrir com vontade de chorar,
ou chorar de rir de alegria.

FÁCIL, é dar um beijo.
DIFÍCIL é entregar a alma. Sinceramente por inteiro.

FÁCIL, é sair com várias pessoas ao longo da vida.
DIFÍCIL é entender que poucas delas vão te aceitar como és
e fazer-te feliz por inteiro.

FÁCIL, é ocupar um lugar na lista telefónica.
DIFÍCIL é ocupar o coração de alguém.
Saber que se é realmente amado.

FÁCIL, é sonhar todas as noites.
DIFÍCIL é lutar por um sonho.

FÁCIL, é mentir aos quatro ventos
o que tentamos camuflar.
DIFÍCIL é mentir para o nosso coração.

FÁCIL, é ver o que queremos enxergar.
DIFÍCIL é saber que nos iludimos com o que achavamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

FÁCIL, é dizer "olá" ou "como vais"?
DIFÍCIL é dizer "Adeus".
Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém das nossas vidas...

FÁCIL, é abraçar, apertar as mãos,
beijar de olhos fechados.
DIFÍCIL é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo, como uma corrente eléctrica, quando tocamos a pessoa amada.

FÁCIL, é querer ser amado.
DIFÍCIL é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver,
sem ter medo do depois.
Amar é entregar-se...
e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Falar é completamente FÁCIL, quando se tem palavras
em mente, que expressam a tua opinião.
DIFÍCIL é expressar por gestos e atitudes o
que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá...

FÁCIL, é julgar as pessoas que estão sendo
expostas pelas circunstâncias.
DIFÍCIL é encontrar e reflectir sobre os seus erros,
ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

FÁCIL, é ser colega, fazer companhia a alguém,
dizer o que ele deseja ouvir
DIFÍCIL é ser amigo para todas as horas e dizer
sempre a verdade quando fôr preciso.
E com confiança no que diz.

FÁCIL, é analisar a situação alheia e poder
aconselhar sobre esta situação
DIFÍCIL é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Ou ter coragem para fazer.

FÁCIL, é demonstrar raiva e impaciência
quando algo o deixa irritado.
DIFÍCIL é expressar o seu amor a alguém que
realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais."

(Carlos Drummond de Andrade)


FÁCIL... foi fácil transcrever as palavras sábias de Drummond.
DIFÍCIL será interiorizá-las, reflecti-las, pô-las em prática.

Saturday, January 06, 2007


“Você aprende…
Você aprende …depois de algum tempo você aprende a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança.
E comece a aprender que beijos não são contractos, e presentes não são promessas.
E comece a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas do longe porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ou vão.
Depois de um tempo, você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ser vil de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la. E que você pode fazer coisas num instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas QUEM você tem na vida e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam. Percebe que o seu amigo e você podem fazer qualquer coisa ou nada e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você mais depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as beijamos…
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influências sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Comece a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo. Mas se você não sabe onde está indo, qualquer lugar serve…
Aprende que, ou você controla os seus actos, ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quando ele cabe frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com o simples de experiências que se teve, e o que você aprendeu com elas vale mais do que quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você, do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que os sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva, tem o direito de estar com raiva, mas isso não dá a você o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem de aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido… o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto plante o seu jardim e decore a sua alma, em vez de esperar que alguém traga flores. E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte e pode ir muito mais longe, depois de pensar que não se pode mais e que realmente a vida tem valor e você tem um valor diante da vida.
Nossas dádivas são frontouras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar”

(WILLIAN SHAKESPEARE)