"Jo....
Será que ainda te chamas assim? Compreendo hoje que havia tantas coisas que eu não sabia, e as medidas deste vazio que me rodeia desde que tu partiste não param de aumentar. Muitas vezes, quando a solidão ensombrava os meus dias, olhava o céu, e depois a terra, com a estranha impressão de que tu estavas ali, algures. E foi assim ao longo de todos estes anos, só que nós deixámos de nos ver e de nos escutar um ao outro.
Parece mesmo que poderíamos passar um ao lado do outro sem sequer nos reconhecermos.
Não parei de ler desde o dia da tua partida, fui a tantos lugares à tua procura, à procura de um meio de compreender, de um qualquer saber. E quanto mais as páginas da vida se iam virando, mais eu percebia que o conhecimento se afastava de mim, como nesses pesadelos em que cada passo para a frente nos faz recuar a mesma distância.
..............
Jo...., não sei onde estás. Não sei se tudo o que vivemos tinha um sentido, se a verdade existe, mas se um dia encontrares este bilhete ficarás a saber que cumpri a minha promessa, aquela que te fiz."
(de: MARCLEVY)

Elli, este recado é para ti...

Calcorreei a cidade, já era tarde, muito tarde, mas não resisti a tal tentação. Finalmente vim encontrá-lo no sítio mais próximo... Único na prateleira... Felicidade incontida...!
Devorei-o...
E é o retrato fiel que fizeste.
Obrigada...
ADORO-TE