Tuesday, March 21, 2006
SEM ENDEREÇO...MAS COM REMETENTE...
Quando o sol se pôs
ainda pensava em ti
Na minha mente
o teu sorriso quase apagado
avivou-se
fez-se luz...
Por momentos confundi
os risos estridentes das crianças
com os teus
e sorri...
sorri também
Olhei para o lado...
ocupava-o um vazio
Então pensei cobrir com areia
o passado
mas não pude...
Teimosamente rolaram duas lágrimas
iguais às que um dia secaste
Lembras-te?
foi no dia em que pela primeira vez
me beijaste
E sorri...
para quê esquecer o passado?
Amar nunca foi pecado...
Monday, March 20, 2006
Olha para o céu e tenta perceber o que as estrelas têm para te dizer...
Olha para a lua e tenta entender os meus segredos que ela tão bem guarda...
Vagueio pela praia deserta e recebo a brisa fresca como aquela mensagem que ficou por dizer, como tantas que não foram ditas...como tantas outras que silenciaram no claustro da minha timidez.
...Terminou...e dentro de mim a chama que teima em não se apagar. Faça-se luz nas trevas da minha vida...
"Quando eu morrer, voltarei para buscar os momemtos que não vivi junto do mar"
Quando eu morrer quero levar a paz da tua lembrança, a serenidade do teu olhar, a doçura do teu sorriso, a mansidão das tuas palavras...sentir o teu beijo escaldante pousar nos meus lábios gélidos. Amo o ar que respiras...Amo a terra que pisas...Amo o mar que comtemplas...Amo o teu odor que não sinto.
Vou "cremar" este pedaço de amor que nunca lerás...
Não vou esquecer-te porque vou amar-te eternamente.
Dói
a maneira como te amo
as esperanças já perdidas
o teu olhar terno e profundo
que engana meio mundo
Dói
Saber que és doutra
e eu para ti
sou aquela que sorri
porque não sei chorar
Dói
a triste ilusão
que um dia deixaste
em meu coração
Dói
este coração que ama
e hoje está em chama
porque contigo
aprendeu a AMAR
e por isso
Dói...
Wednesday, March 15, 2006
A minha ancora partiu-se Naquela noite de domingo Resta uma coisa estranha que dói... Eu amava as tuas mãos Mas calei a voz das minhas E eu tinha sede, sabes? Eu tinha sede... Nunca o soubeste A fonte não grita Ao viandante que passa Partiste... E o teu último olhar Deixou em mim Uma coisa estranha que dói... Procuro em vão A causa que te levou... Sei que sentes na alma O peso da angústia E eu que posso dar-te!? O que tenho para te dar? Não posso quebrar as grades Que me separam de ti Nunca ouvirás o meu grito Nunca poderás arrancar este espinho que me rasga o coração Tu não sabes! Tu não sabes!... E partiste, não sei para onde Resta uma coisa estranha que dói... Horas feitas de silêncio de dor e de saudade... O chapéu que foi fonte de comunicação dorme agora em cima de um roupeiro Ponte caída que já não posso erguer porque não sei onde estão as tuas mãos Cortei minhas próprias asas Amordacei minha própria vida E hoje não conheço As pedras do teu caminho nem a côr dos teus olhos Só tenho uma coisa estranha que dói... |
Tuesday, March 14, 2006
A lua escondeu-se...
com ela o teu sorriso,
esse infinito paraiso,
onde procurava forças para lutar.
O teu olhar languido e triste,
ofuscava na noite escura
as emoções controversas;
sentimentos que se atropelam,
palavras misteriosas,
bocas silenciosas,
ressentimentos que se enterram.
O dia surgiu...uma lágrima caíu.